segunda-feira, 2 de junho de 2014

3 olhares sobre a Tourada

O Museu de Arte Brasileira(MAB) oferece, até 22 de junho, a exposição Tauromaquia com obras de Francisco de Goya, Pablo Picasso e Salvador Dali.
A visita começa pelas gravuras em metal de Goya, que expressão um realismo incrível capaz de nos transportar para as Touradas como se estivéssemos no século XIX.
Em seguida Picasso que enfatiza o espetáculo presente evento contrapondo as obras de Dali que evidenciam a dor, o sofrimento e a morte.
Bem no meio do salão está o primeiro rascunho terminado da Guernica em tinta guache sobre papel cartão, a obra foi um presente do próprio Picasso a uma aristocrata francesa para que fosse feito um tapete. Hoje essa composição viaja com parte de exposições em todo o mundo.



segunda-feira, 19 de maio de 2014

"Veni Vidi Succumbe" - Marcus Jansen

Por Mariana Matioli











 Marcus Jansen, retrata metrópoles como máquinas de guerra. Considerado um dos precursores do expressionismo urbano, o artista já tem passagens por Nova Iorque, Milão, Londres e Moscou. A exposição conta com 30 de suas obras. 

"Foreclosures" 272 X 180 cm | R$158.400,00



Suas obras geram repulsa por conta da composição "bagunçada". A vontade de interpretar as obras, de tentar entender a mentalidade com que o pintor fizera a mesma, de tentar imaginar o esforço colocado em toda aquela tela, se torna grande ao descobrir que, algumas de suas obras (todas as obras expostas estão à venda) custam mais de R$300.000,00. Além da maneira como foram feitas, algumas de suas obras contam com colagens de jornais, revistas e tinta relevo. Fica claro o termo Industria Cultural nessa exposição mas, ainda assim, me pergunto o que leva uma obra tao banal custar um preco altíssimo e o que levaria uma pessoa a compra-la. Um artista que quer romper com os padrões e gerar reflexões aos que passam por sua exposição. 

"Tapped Phone" 120 X 150 cm | R$42.240,00

"Faceless #19" "Faceless #3" "Faceless #15" "Faceless #18" 75 X 100 cm | R$21.120,00 (cada).

Quando: Terça a Domingo, 9h às 18h
Onde: Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto
Av. Bartolomeu de Gusmão, 15 - Boqueirão - Santos - SP - Tel.: (13) 3288-2260
Entrada Gratuita
Até quando: 08 de junho de 2014
Relacionados: Estacionamento gratuito. 

Traçados Sonoros

Por Augusto Salles Schmitt

A exposição "Traçados Sonoros", do artista visual Renato Stegun, tem a proposta de mostrar e explorar metáforas entre o universo sonoro e visual: As obras da mostra tem relações entre estilos musicais e pictóricos, uma inspiração de linguagens e meios diferentes, trazendo uma tradução estilística sensível à diversos sentidos do homem.
O local da exposição é o Quadrante Galeria, uma galeria de arte em Campinas, interior de São Paulo. Apesar do tamanho reduzido da galeria as obras foram postas de maneira a convidar o observador a se tornar íntimo destes quadros, de entrar nas propostas das pinturas. No dia da abertura da exposição, dia 17/05, uma dupla de músicos estava no local tocando os diferentes estilos musicais contemplados na obra de Stegun, o que ampliou muito a experiência desta relação sonora-visual.

As obras de Stegun tem algumas variações estilísticas, como um plano de fundo completamente preenchido e causando um efeito de dimensão na tela, além de ter um trabalho na tela que dá um certo volume e forma elementos constituintes que parecem saltar da tela, como a Clave de Sol e notas musicais:
                                               O Saxofonista, 100 x 150 (cm) tela pintada em acrílica

O pintor utilizou diversos gêneros musicais de inspiração, mas sempre com uma representação gráfica do som e das notas, além de sempre presentes os traços de velocidade e movimentação dos músicos e da música em si, oferecendo um dinamismo e velocidade ao olhar das obras que se mesclou muito bem com a música presente no ambiente.

Das diferentes obras que estavam na exposição (6 telas pintadas em acrílica e 9 digigravuras com seus preços muito variados alcançando até R$ 1550,00) uma obra me chamou muito a atenção, devido as cores contrastantes e sem muita noção de profundidade, o movimento parece ainda mais congelado no tempo, como se estivesse parado a disposição de quem observa a obra:

                                                        Musik II, 150 x 100 (cm) digigravura                                                              Quanto: Gratuito
  Quando: 
   Data: 17 (abertura) a 27 de maio
   Horário: abertura – 11h; visitação - segunda a sexta, das 9h às 18h; sábados, das 9h às 13h
  Onde: Quadrante Galeria. Rua Américo Brasiliense, 163, Cambuí - Campinas

“Alex Flemming Pinturas - Caos”

Por Maria Clara Belloni
A mostra de Alex Flemming é baseada em sua série “Caos”. Residente em Berlim desde o início da década de 90, o artista tem uma presença marcante no cenário internacional e resolveu trazer um pouco de suas obras para o Brasil.
Trabalha nesta série desde 2005 e apresenta através dela sua intensidade e diversidade nas pinceladas aplicadas, surpreendendo com obras inovadoras e inusitadas.
Em “Caos”, os quadros são inspirados em fotografias tiradas pelo artista, retratando situações rotineiras de pessoas que de certa forma fizeram parte de seu dia – a – dia. Todas as pinturas são retratos, porém todos os retratos são “transparentes” se misturando com o fundo que invade a figura humana ali representada e deixando assim a pele inexistente. O fundo tem como características pinceladas de tinta prata metálica sobre uma base preta em tela. Devido ao grau das pinceladas, a mesma obra tem várias leituras de luz conforme a pessoa se move diante da tela, resultante dos brilhos metálicos.

O casamento (140 x 200 cm) 
O jogador de futebol (180 x 150 cm)
Alex Flamming pinta suas obras dessa maneira para retratar o vazio do ser humano e o caos em que se está inserido. Reflete o caos de onde o ser humano veio e para onde ele vai um dia. Ele não procura representar retratos convencionais, com foco no detalhe de expressões. Ele apenas delineia os contornos do rosto, braços e outras partes do corpo ali representadas.  “As pessoas são reconhecíveis, mas pode-se ver através delas. Uma espécie de antirretrato”, explica Flemming em uma entrevista. O artista diz também a respeito do nome da série que faz relação com o seu fundo marcante presente em todas as obras. “Esse fundo chamo de caótico e deu o nome à série. Metaforicamente, esse fundo representaria a morte, sempre presente em meus trabalhos”, diz o artista plástico.
Esta exposição é de pequeno porte, contendo apenas 13 quadros no local, e ganha espaço pela primeira vez na cidade, na Galeria Paralelo.  

Carlos e Adonis (150 x 220 cm)
A colecionadora de arte (130 x 130 cm) e O motoqueiro (130 x 130 cm)



Serviços da exposição:
Quanto: Gratuito
Quando: diariamente de 09/05 a 12/07
Horário: das 11:00 às 17:00
Onde: Galeria Paralelo – Rua Artur de Azevedo, 986, Pinheiros, São Paulo.




domingo, 18 de maio de 2014

"OPERAÇÕES FOTOGRÁFICAS"

Por: Wajih Junior Francis



















        Operações Fotográficas, o nome da exposição, como ja diz são fotografias que foram modificadas, para  mostrar ao publico imagens e obras que não são nada tradicionais. A exposição conta com obras de três artistas contemporâneos, são eles: Lucas Simões, Rafael Pagatini e Regina Parra.
        A exposição é muito interessante, pois nos mostra o quanto os artistas tiveram criatividade, apresenta aspectos técnicos e subjetivos para criar novas elaborações e significados subjetivas. No total a exposição conta com 18 obras dos três artistas. Simões apresenta retratos de amigos enquanto contavam segredos ao vento, sobrepostos entre chapas de acrílico geram topografias de novas leituras nas série Desretratos. É muito bonito observar essas obras por não entender direito o que são, pois há recortes e falhas. Há também fotografias costuradas em madeira e tecidos formando uma única imagem. 
(Lucas Simões, auto-desretrato 20x15 cm/ fotografias recortadas e sobrepostas entre chapas de acrílico 2010)
        Pagatini, série conversas com a paisagem, aproxima fotografia e xilogravura, apresenta diferentes ares e culturas. Quando fixamos os olhos nas obras de Pagatini, começamos levemente a pensar sobre muita coisa ao mesmo tempo por serem estradas e paisagens, mas tudo em preto e branco mostrando uma tristeza ou dependentemente da ótica de cada um.

(Rafael Pagatini, sem título, Xilogravura sobre papel gynsiu shagi, não apresenta dimensões.)
        Parra apresenta pinturas a óleo e cera sobre o papel, mostra o seu olhar sobre as condições dos imigrantes haitanos que vivem no Brasil. É confuso a princípio mas logo começamos a entender cada pincelada nos mostrando o sentimento dos imigrantes e da confusão e desespero.

(Regina Parra, Esporte Clube Brasileira, 75x100cm, óleo sobre papel.)

Serviço Da Exposição

Quanto: Gratuito

Quando: 17 de maio de 2014 às 11:00

Onde: Sesc Vila Mariana; Rua Pelotas, 141
CEP: 04012-000 São Paulo - SP
Tel: (11) 5080- 3000

Até Quando: D01/05/2014 a 20/07/2014 
Terças, Quartas, Quintas e Sextas das 07:00 às 21:30 
Sábados e Domingos das 09:00 às 18:30

Links Relacionados:
Imagens retiradas desse Link, proibido fotografar no local.

http://catracalivre.com.br/sp/agenda/gratis/operacoes-fotograficas-veja-exposicao-de-fotos-manipuladas-digitalmente/# (acesso em 18/05/2014)

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Iberê Camargo - Um Trágico nos Trópicos

Por Mariana Matioli










      A retrospectiva da carreira de Iberê Camargo (1914-1994), em cartaz no CCBB, é uma comemoração ao centenário do artista gaúcho. As 145 obras da mostra foram produzidas entre a década de 1940 e sua morte e estão focadas nos últimos cinco anos. A desilusão com a vida fica clara, onde personagens roxos, de corpo despencado e pouca ação são retratados em paisagens de tonalidade semelhante.

"NO VENTO E NA TERRA" (1991) Óleo Sobre Tela.

"CREPÚSCULO DO MONTE DA BOCA" (1991) Óleo Sbre Tela.
   Mesmo que as obras gerem repulsa pelas figuras pintadas e a maneira como foram feitas, a exposição ganha um charme pelo local onde está sendo exposta. O Centro Cultural do Banco do Brasil tem tamanha beleza que enfeitiça, a ponto de querer analisar e achar uma lógica para um tema tão banal quanto o apresentado nas obras. O passeio já vale pela arquitetura do centro cultural. 



"TUDO TE É FALSO E INÚTIL II" (1992) Óleo Sobre Tela

Quanto: Grátis 
Quando: Quarta a segunda, 9h às 21h
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3113 3651
Até quando: 07 de julho de 2014
Relacionados: Estacionamento com serviço de van na Rua da Consolação, 228 (R$ 15,00 por cinco horas, de terça a domingo)

Experimentando Espaços 2 - MCB

Por Manoela Meirelles



A exposição Experimentando Espaços 2, é uma continuação àquela feita em 2009, está situada na área verde do museu e reúne o trabalho de nove artistas brasileiros, sob curadoria de Agnaldo Farias.



As obras irão oferecer propostas que irão desde a arquitetura até os objetos do cotidiano, podendo então expressar por vários suportes e reinventar o espaço. A ideia é propor sensações que devem se desdobrar psicologicamente, politicamente, antropologicamente e etc.
Foto: Reprodução 


É uma exposição interessante, com instalações que remetem ao dia a dia, porém algumas não prendem o olhar do espectador, não ocorrendo uma interação com o mesmo.
Foto: Reprodução


Quanto: R$ 4 e R$ 2 (meia entrada)
                Quando: 10 de abril, de terça a domingo das 11h às 18h
                Onde: Museu da Casa Brasileira – Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705
                Até quando: 25 de maio

                Links relacionados: http://www.mcb.org.br/index.asp